Agnaldo Alves Pereira, membro da Federação das Associações dos Pequenos Produtores Rurais do Distrito Federal e Entorno, conta sobre a participação da categoria nos debates sobre o PDOT

Repórter – Porque a denominação ‘pequenos produtores rurais’?

Agnaldo – Existe a federação da agricultura, mas nós representamos a Federação das Associações dos Pequenos Produtores Rurais. Somos os principais fomentadores das discussões trazidas à audiência pública em Casa Grande, no dia 18 de fevereiro de 2006, que tratou do Plano de Desenvolvimento e Ordenamento Territorial do Distrito Federal. Todos que fizeram as apresentações são dirigentes das associações de produtores rurais filiadas à nossa federação.

Repórter – Como está a participação dos pequenos produtores nessas discussões?

Agnaldo – O movimento está forte. Tivemos nesse dia a presença de aproximadamente 400 produtores e lideranças rurais que atenderam o nosso chamamento.

Repórter – Como vocês avaliam as ações da Secretaria de Agricultura do GDF?

Agnaldo – A secretaria se mostra aliada dos pequenos produtores. Comunga com nossas idéias e nos ajudando a resolver certas situações, principalmente no que diz respeito à regularização das terras. Há uma dificuldade de relacionamento com a Terracap, porque este órgão visa mais a parte comercial das terras do que a produção agropecuária. Isso tem nos dificultado muito. Nós não aceitamos essa concepção da Terracap. Achamos que hoje o interesse maior é pela produção e cumprimento da função social da terra.

Repórter – Quais são as perspectivas sobre essas questões agrárias, ambientais e de produção agropecuária?

Agnaldo – O futuro depende da mobilização. Unidos, com certeza obteremos êxito no que pleiteamos. O movimento já está surtindo efeito. A Terracap está mudando seu comportamento. Fomos convidados para participar de reuniões a fim de apresentar sugestões que começam a ser aceitas. Se a Terracap não aceitar nossas sugestões, aquilo que ela pretende não vai vingar.