![]() O engenheiro agrônomo Rildon Oliveira, diretor executivo da Emater/DF, responde sobre a participação da entidade nas discussões do PDOT. Repórter – O que significa para a Emater o encontro ocorrido em Casa Grande no dia 19 de fevereiro de 2006, para debater o Plano de Desenvolvimento e Ordenamento Territorial do Distrito Federal? Rildon – Para nós foi um momento histórico porque discutimos especificamente sobre o desenvolvimento e ordenamento territorial da área rural do Distrito Federal. Nós demos apoio para a participação dos conselhos do movimento rural sustentável, que são os principais responsáveis pela apresentação da proposta no PDOT. Damos subsídios para que apresentem a proposta legitima do interesse dos produtores rurais. Queremos consolidar e manter a maior área rural possível dentro do PDOT/DF. Temos aqui uma atividade produtiva bastante expressiva e não podemos perder isso. Repórter – Essa é a orientação geral da Emater/DF? Rildon – Sim, porque se as áreas deixarem de ser rurais começam as pressões imobiliárias. O papel da Emater é defender que o máximo da área do Distrito Federal se mantenha rural. A estratégia adotada para isso foi fazer um levantamento de todas essas áreas e suas potencialidades agropecuárias. Levantar dados sobre a produção e o que as caracteriza como áreas rurais. Repórter – Essas áreas são efetivamente produtivas? Rildon – São muito produtivas. Isso é o que comprovamos e é nisso que fundamentamos nossa argumentação. Para as áreas serem consideradas rurais tem que ser produtivas. Além de Casa Grande existem núcleos rurais nas regiões administrativas de Ceilândia, São Sebastião, Paranoá, Sobradinho, Planaltina, Brazlândia, Núcleo Bandeirante e outras. Na Emater temos documentários que mostram todo o contexto da produção agrária do Distrito Federal. Temos aqui um dos mais elevados índices de produtividade de soja do mundo. Mas o nosso forte são os hortigranjeiros, as folhosas e leguminosas de modo geral. O aspecto mais importante não é o volume de produção, mas a produtividade e a adoção de tecnologias adequadas como a produção em estufas, hidroponia e irrigação por gotejamento. Somos referência nacional em adoção de tecnologia de ponta. Na pecuária, a apicultura vem despontando com força e a avicultura é bastante significativa. O Distrito Federal é auto-suficiente e exporta o excedente de frangos para os estados visinhos. Levamos em conta o caráter ambiental, o uso racional da água e a qualidade de vida. Procuramos orientar o produtor nesse sentido e oferecer a melhor assistência técnica. |
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