Evelise Longhi já foi secretária de desenvolvimento urbano e habitacional do Distrito Federal. Hoje é deputada distrital, presidente da comissão de assuntos fundiários da Câmara Legislativa. ![]() Repórter – Depois de participar da audiência pública ocorrida em Casa Grande no dia 18 de fevereiro de 2006, qual é sua sugestão para o Plano de Desenvolvimento e Ordename nto Territorial (PDOT) do Distrito Federal? Evelise Longhi – Trabalho com o PDOT há muitos anos e hoje tenho uma grande responsabilidade na Câmara Legislativa: conduzir a comissão de assuntos fundiários que aprova o método dos planos dire tores locais. A sugestão que a gente pode dar ao PDOT é de que haja participação das comunidades. É de que haja sensibilidade dos órgãos técnicos ao escutar os anseios da comunidade e harmonizar o que deve seguir em termos de legislação sobre preservação ambiental e produção agrícola. Acho que passamos muitos anos de costas para a área rural. Está na hora de ficarmos de frente e de braços abertos. É assim que trataremos de receber todas as propostas dirigidas ao PDOT. Repórter – O que você vislumbra para o Distrito Federal, no que diz respeito às questões agrárias? Evelise Longhi – O Distrito Federal tem evoluído bastante nessas questões. Graças a Deus, tanto o governador Roriz quanto a própria Secretaria de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (SEDHU), da qual estive à frente, tem uma preocupação bastante grande no sentido de planejar e definir o destino das áreas do Distrito Federal. Com a certeza do que é rural e o do que é urbano, quais as regras para cada área, a gente consegue organizar melhor o espaço, aperfeiçoar as ações e o pouco recurso de que dispomos. Assim podemos oferecer um futuro melhor para as gerações que vêm por aí. Repórter – O que você tem a dizer sobre a titulação das terras no Distrito Federal? Evelise Longhi – Eu defendo a venda direta. Nós precisamos de uma legislação específica no sentido de que aquele produtor que investiu e esteja na área há muitos anos, tenha a preferência na compra da terra e a certeza de que não vai perder tudo o que investiu. Até porque quando chegou aqui a terra era pobre, não havia nada. Se hoje a terra vale mais é porque ele investiu recursos e suor para que ela se tornasse produtiva. Repórter – Quais são os critérios para definir de quem é a terra, a que se destina, etc.? Evelise Longhi – Existem órgãos do governo, como a Terracap, a Secretaria de Agricultura e a própria SEDHU, que têm por obrigação definir o que é área pública, o que é área privada e, dentro desses limites, definirem quais as áreas que devem ser preservadas como núcleos rurais, áreas de preservação ambiental e quais as que podem ser destinadas para expansões urbanas. Então teremos definições mais transparentes, unidas aos anseios das comunidades que vivem nessas áreas. |
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