Massae Watanabe é produtora rural de Taguatinga e, em 2006, representa os Conselhos de Desenvolvimento Rural Sustentável na discussão do Plano de Desenvolvimento e Ordenamento Territorial (PDOT/DF), incluindo Casa Grande.

Repórter – Como você avalia a atuação da Secretaria de Agricultura do GDF?

Massae – A secretaria de agricultura tem nos apoiado na implementação das políticas do setor agrícola. Com relação ao PDOT, os conselhos têm encabeçado esse processo pela primeira vez na história do Distrito Federal, para que as reivindicações do setor rural sejam incluídas nessa revisão do plano diretor. O papel da Secretaria de Agricultura e da Emater é fundamental no encaminhamento das discussões, para que se obtenha sucesso na mobilização e participação. É a primeira vez que a Secretaria de Agricultura participa efetivamente e apóia a realização de discussões na revisão do plano diretor.

Repórter – E quanto à regularização fundiária?

Massae – A regularização fundiária é um processo que ainda está sendo encaminhado. A Terracap tem nos convocado para reuniões cuja pauta é discutir alternativas de operacionalização da ‘Resolução 206’, recentemente anunciada, que diz respeito à titulação das terras no Distrito Federal. Há uma preocupação de que, nas áreas rurais, não se faça a venda das terras, mas sim a titulação de domínio e de direito real de uso. Essa já é uma diferenciação entre o que é área rural e área urbana e deve fazer parte das discussões.

Repórter – O que você pretende como desfecho dessas discussões?

Massae – Temos sentido receptividade e aceitação por parte dos técnicos, das justificações das nossas necessidades e das caracterizações da problemática relação urbano rural. Isso já motivou a alteração de algumas áreas preliminarmente consideradas de expansão e qualificação, para áreas de uso rural. Mas queremos que essa situação se amplie nessa revisão do PDOT, reafirmando todas as áreas rurais remanescentes como áreas rurais. Queremos unificar a bandeira da nossa luta.