Repórter – O que vê de especial neste evento desportivo?

Dílson – As corridas de rua são tradicionais em várias partes do mundo, mas nunca houve nada nesse sentido ligado à área rural. Em 2004, quando acompanhamos a primeira ‘Corrida Rural’ em Casa Grande, vimos nela uma possibilidade de torná-la um evento tradicional. A segunda ‘Corrida Rural’ confirmou nossa opinião, pela participação de um número maior de atletas, pelo grau de organização e pela recepção da comunidade local. Nossa função foi apenas transformar essa idéia e o esforço da comunidade de Casa Grande num projeto de lei. Foi fácil justificar esse evento que não tem igual no Distrito Federal e desconheço outro no Brasil.

Repórter – O que você acha de Casa Grande?

Dílson – Casa Grande é uma comunidade rural peculiar, praticamente encravada no meio urbano, cercada de cidades por todos os lados. Com essa luta da comunidade, tendo à frente o professor Aníbal, Casa Grande se mantém área rural formada por pequenas propriedades. Tem importante papel na preservação do meio ambiente e da qualidade de vida do Distrito Federal, que desponta como líder em produtividade e uso de novas tecnologias agrícolas.

Repórter – Como você avalia o Plano de Desenvolvimento e Ordenamento Territorial (PDOT) a ser aprovado para o Distrito Federal em 2006?

Dílson – O PDOT sempre foi direcionado para definir as áreas urbanas e tratava as áreas rurais como reservas para futuras expansões urbanas. Mas não é isso que queremos, nós que atuamos no meio rural. A área rural deve ser pensada como meio de vida para as pessoas que nela trabalham, como fonte de abastecimento alimentar para as populações urbanas e como preservação da qualidade de vida. Discutir isso no PDOT já é um avanço. A população rural está de parabéns por se mobilizou para isso. Está de parabéns o professor Aníbal, figura estratégica para que se colocasse este assunto na pauta das discussões.

Repórter – Quem é você?

Dílson – Meu nome é Dílson Rezende de Almeida. Sou zootecnista da Emater/DF, atualmente cedido ao gabinete da deputada Eurides Brito para atuar nas questões rurais defendidas pela deputada. Nasci no Rio de Janeiro e vim para Brasília em 1964, ainda criança. Estudei em Viçosa/MG. Entrei para a Emater em 1991 para onde devo retornar quando sair do gabinete