![]() Marta Maria e Cristina Aparecida são mãe e filha. Chegaram a Casa Grande em 1980 e são proprietárias da primeira chácara a ser cultivada no núcleo rural. Hoje a mãe é auxiliar e a filha é profes sora na Escola Classe Casa Grande. Repórter – Quando os outros chegaram a Casa Grande vocês já estavam produzindo? Marta – A minha chácara, a do Molina e a do Edimilson já estavam plantadas. Depois foram chegando os outros. Eu nasci em Orizona, Goiás, e o meu marido nasceu na Espanha. Tínhamos um posto de gasolina em Taguatinga, mas preferimos mudar para um lugar mais sossegado. No começo tentaram tirar a gente daqui, mas não conseguiram. Repórter – Como foi vosso envolvimento com a comunidade? Cristina – O seu Aníbal começou com as reuniões na casa dele, celebravam missas e com isso foi nos envolvendo. Moramos na chácara ao lado da dele e acompanhamos todo o movimento. À medida que ajudávamos crescia o amor por isso aqui. Marta – No começo a Cristina não gostava daqui. Nós vínhamos apenas aos finais de semana. Ela cursava o normal. Ficava aqui fazendo as tarefas e chorando. Hoje dificilmente vai até a cidade. Repórter – Vocês ajudaram a construir a escola onde trabalham? Cristina – A escola começou numa sala de madeirite onde hoje é a sede da Sejume. Nesse tempo eu ainda não era professora. Depois construímos essa escola e, em 1992, comecei a lecionar. Sou professora de atividades, da primeira à quarta série. Repórter – O que mais lhes atrai nesse núcleo rural? Cristina – Gosto muito das plantas. Aqui é um dos melhores lugares para se viver dentro do Distrito Federal. Temos contato com os vizinhos, coisa rara nesse tempo de individualismo. O trabalho social é bastante envolvente. As pessoas que trabalham na escola demonstram muito amor pelo que fazem. A maioria dos professores vem do Gama e de Taguatinga e optaram por dar aula em Casa Grande porque aqui é um lugar muito bom. Repórter – O que vocês desejam para o futuro de Casa Grande? Marta – O não parcelamento das chácaras. Se isso acontecer acaba o encanto de Casa Grande. Nós queremos continuar com essa qualidade de vida e ser referência para Brasília. |
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