Repórter – De caseira você se tornou funcionária da escola e, a seguir, adquiriu sua própria chácara. Como se deu essa evolução? Luzia – Um dia o professor Aníbal me disse: ‘dona Repórter – Como é seu trabalho na escola? Luzia – Para mim a cozinha do colégio é a mesma coisa que a minha casa. Toda vida gostei das crianças. Quando me perguntavam: ‘Luzia, porque esse cuidado todo com as panelas?’ Eu respondia: ‘esse colégio é meu. A primeira chave quem pegou fui eu’. E estou lá até hoje coordenando as cozinheiras. Durante a construção da escola, aos sábados e domingos sempre tinha umas 40 ou 50 pessoas lá trabalhando. Nos outros dias da semana nós era nuns oito companheiros da fundação. Não tinha água encanada então nós ia lá na nascente do Córrego dos Pintos buscar água de balde. Casa Grande é uma casa abençoada, onde todo mundo ajuda a construir. Repórter – O que você acha que vai acontecer aqui de agora em diante? Luzia – Eu espero que o futuro de Casa Grande seja muito bom. Quando nós começamos não tinha luz, escola, asfalto, telefone, igreja, salão comunitário, nada. Agora já tem bastante coisa e muita gente importante veio morar aqui: médicos, advogados, empresários... Se Deus quiser vai ter ainda muito mais. Os professores têm se dedicado bastante na educação. Os alunos têm que estudar e se formar. Podem sair daqui com o segundo grau completo e pensar em ser alguém na vida.
|
História de Casa Grande > Educação >