![]() Repórter – Quando começaram este empreendimento? Ronaldo – Começamos a cultivar alface em 1997, mas temos esta chácara desde 1984. Quando chegamos aqui só havia cerrado. Tivemos que construir tudo neste lugar maravilhoso para se morar. Hoje produzimos uma média de 1500 pés de alface por dia, entregues nos principais supermercados de Brasília, restaurantes e demais pontos de venda. O produto sai embalado e com código de barra. Contribuímos para expandir o nome de Casa Grande no Distrito Federal. Repórter – Como é que se produz alface na água? Ronaldo – Não é fácil. É uma tecnologia sobre a qual não se tem muito histórico. A gente aprende no dia-a-dia, sempre se adaptando às novidades. A maior dificuldade é a falta de informação. Os livros não são específicos para cada região. Mas a atividade é prazerosa, o que compensa o fato de não termos domingos nem feriados. Repórter – De onde veio a sua família? Ronaldo – Meu pai veio do interior da Bahia, município de Santa Luz, região sizaleira. Foram para São Paulo, onde eu nasci. Em 1978 ele foi transferido para Brasília e sempre desejou possuir uma chácara, sonho este realizado em 1984. Porém era necessário torná-la produtiva. Hoje plantamos apenas alface, porque é a cultura que melhor se adapta. Mas já plantamos rúcula, agrião e folhagens em geral. Repórter – Qual vossa participação no movimento comunitário de Casa Grande? Ronaldo – Recebemos o seu Aníbal em nossa casa praticamente como alguém da família. O movimento que ele lidera nos fez acreditar que era possível construir alguma coisa que gerasse trabalho e renda aqui. Hoje são 10 trabalhadores que, com suas famílias, vivem exclusivamente desta produção. Sempre contamos com o respaldo da associação que abre portas nos órgãos públicos, instituições financeiras, etc. Demos nossa contribuição na construção da rede elétrica, escola, asfalto, igreja... Graças a Deus pudemos participar da consolidação deste sonho chamado Casa Grande. Repórter – O que prevêem para o futuro? Ronaldo – De tanto acreditar, há dois anos mudei definitivamente com minha esposa do Guará aqui para a chácara. Meu segundo filho vai nascer em maio e será batizado na igreja São Francisco. Acredito muito no futuro que teremos em Casa Grande. |
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