Dione Conceição Rodrigues Coelho, esposa do professor Aníbal, é a ‘coluna mestra’ do movimento Casa Grande. Goiana de Goiás Velho, se formou em advocacia em Goiânia. Mudou-se para Brasília em 1959, com a missão de ajudar a criar a Secretaria de Fazenda do Distrito Federal. Conheceu o professor Aníbal em 1963, com quem se casou em 1964. Repórter - O que a senhora tem a dizer sobre o professor Aníbal e Casa Grande? Dione - Costumo dizer que Jesus usa a mim e ao Aníbal com pinguela (não chegamos nem a ser pontes) para que se chegue aonde Ele quer. Quando comprei esta chácara argumentei que a finalidade era para dois anos depois vendê-la a fim de comprarmos nosso apartamento, mas ele tomou a iniciativa de virmos morar nela. E quando ele põe uma coisa na cabeça, não mede esforços para torná-la realidade. Sempre tivemos muita preocupação com as crianças e começamos logo a investir na educação. Fomos de barraco em barraco cadastrar os alunos para que funcionasse a escola aqui dentro. O movimento comunitário se aglutinou em torno da educação e da religiosidade. Com o aumento dos alunos decidimos construir a escola cujo projeto tratamos como se fosse nosso filho. Sentíamos uma imensa alegria em receber cada criança em idade escolar. Quando a construção ficou pronta o governo fez um decreto criando a escola. O Roriz nos ajudou demais porque acredita nisso que fazemos, sem interesse próprio. A comunidade construía os bens públicos (escola, rede elétrica, asfalto...) e entregava para o governo que assumia sua conservação. Vivemos assim até hoje e assim viveremos por quanto tempo mais nos for permitido. |
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